quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A piedade Também um Dia Seca

(para uma mãe e três irmãos)

Apenas um sopro do que já foi
Apelido profano de nome real
Um corpo na cama esperando perdão
Com dor e sem voz.

Está ali um rabisco, um esboço
Resto de monstro e doutor
Pedaço fosco Tedi-o de repetição
Cansaço infecundo.

Menino levado, pecado sem graça
Peixinho rugindo ou dormindo
Um monte de ideias perdendo atenção
Delírio in-são

Eis aqui um sem-jeito de vida
Gemido sem muito respeito
Cuidando das sobras caídas no châo
Tirana des-ânima

Afora o apreço do antes
Se confundindo com doce lembrar
A gente ainda (e sempre) se pergunta
Se é certo ou errado.

ESTAMOS AGORA SEM MÃO


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