quinta-feira, 19 de junho de 2014

Além dos versos

Esses teus olhos me transpassam
Transpareço sem disfarces
E me encaixo no desvio do teu ombro
Tua nuca tem o jeito do perfeito enlace
Gosto despretenso
Por instantes te pertenço no momento
Das palavras recitadas
E daquelas não faladas
Beijadas no silêncio estalado dos teus versos
Porque imenso já é o que penso e sinto
E toco teu olhar com meu intenso desejar
Depois, sou minha de novo
Menina aprendendo a caminhar
Derretendo a cada vez que me lembro
Que o que tenho é poema teu em mim
E mim em ti
Por enquanto, e pra sempre,
Me inspiro no teu cheiro e no teu braço
Ansiando aquele tanto momento nosso
Que jamais cansamos de esperar




terça-feira, 17 de junho de 2014

EU SINTO QUE FALTA ALGO

A consequência é uma incógnita
Só sei que me apaixonei pelo Sol
Sim, Ícaro, vamos voar juntos
Vamos unir as asas e seguir, subir

Um sonho nunca é vão se real
A liberdade é uma escolha desleal
Sim, Ícaro, vamos voltar ao início
Onde tudo parecia tão normal

Só sei que em parte, meu mundo
No fundo, derreteu, a vida, não.
Ainda permanece o que é meu
Meus riscos? São tantos…

Vamos voar juntos, a gente desvia
Quando a luz que mais brilha esquentar
Mãos dadas, olhos abertos, suaves
Não dá pra deixar o melhor se espatifar

Não vou desistir do real em nós
Somos seres alados, os pés instigados
Precisam de ar, minhas asas pesaram
De cera, em força tornaram

Vamos, Ícaro, não temas
Voemos acima de todos os antes dilemas
Se vamos morrer? Derreter? Transcender?

Acho que vou arriscar pra saber.

FLY FREE O Simples Poder de Voar

Nossos allstares alados não se aquietam, sempre em busca de ação
Movimentos, sentimentos, se orientam sem domínio
Por canções internas que sussurramos entre nós
Mensageiros de hojes e amanhãs
Companheiros juntos, mas sós
Somos metades inteiras à nossa própria procura… loucura

Nossos limites se confrontam e se completam
Somos errantes insensatos na nossa pouca razão
Andamos sem ver o chão
Caminhamos olhando o horizonte
Sempre longe, distantes
Sempre nos tempos daqueles que vão

Nossos momentos nem sempre têm explicação
Mas a intensidade daquilo que somos
Consome a verdade daquilo que some
Instáveis, incomodamos o mundo na nossa mudança
Executamos a dança
Conforme a expressão da nossa distância

Nossos pés dançam a nossa própria oração
Sopramos aos outros a brisa ou o furacão
Palavras ao vento, aos cantos, ao ponto de união
Juntamos pedaços, restos de cacos perdidos
Criamos amigos, atamos laços, desenrolamos asas
Viajamos na força da nossa missão

NADA É EM VÃO.